O comércio alimentício é um ramo de alta demanda em qualquer lugar. Em Timon, a preocupação com a saúde tem aumentado o cuidado e a exigência dos consumidores, que valorizam ainda mais um ambiente organizado e limpo. Nesse sentido, profissionais da saúde defendem a utilização dos boxes pelos feirantes, pois são espaços seguros, com a estrutura necessária para a venda de alimentos como frutas e verduras. Isso evita práticas que prejudicam a aproximação do cliente, e por fim o seu negócio.
Embora feirantes e ambulantes vejam a feira como sinônimo de liberdade, para a gerente educacional do Senac Timon, Cristina Camelo, a informalidade do trabalho prejudica a performance geral do negócio.
“A informalidade de certa forma impede que muitos microempreendedores tenham acesso a recursos diferenciados ou até mesmo um amparo legal para conseguir recursos financeiros, e assim viabilizar e acompanhar as tendências e inovações”, afirma a gerente.
Além disso, manter a boa imagem e qualidade de produtos como frutas e legumes é essencial, algo que se torna difícil quando esses ficam expostos a locais próximos de alimentos de segmentos diferentes, como carnes.
Para a nutricionista, Amanda Cristine, a informalidade do trabalho pode ameaçar à saúde, pois em muitos casos é o resultado do ambiente insalubre. Isto é, a qualidade dos alimentos não está associada somente a sua apresentação, mas principalmente das condições de conservação para a venda.
“A ambiência dos espaços para comercialização de produtos alimentícios tem fundamental importância para estimular a comprar, pela sensação de acolhimento e memória afetiva com o local. Para termos essas sensações, no entanto, esses espaços devem seguir as legislações vigentes de engenharia, arquitetura, nutrição, licenças, dentre outros, para assim garantir uma segurança alimentar e satisfação do cliente”, explica a profissional.
“É pensando na segurança de todos que temos mantido tanto os investimentos nos espaços públicos”, diz o secretário municipal de desenvolvimento rural, Rodrigues Neto, lembrando que a obstrução de calçadas e ruas pelo comércio informal dificulta a mobilidade dos clientes e a organização espacial no entorno dos mercados.
Em Timon, todos os mercados públicos passaram por um processo de revitalização, recuperação e readequação de espaços para o trânsito livre da população e aprimorar o trabalho dos feirantes.
A Prefeitura de Timon, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SEMDR) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Semdest) organizou o curso “Boas Práticas de Manipulação de Alimentos”. O objetivo foi educar e treinar os feirantes de todos os grandes mercados públicos de Timon. Profissionais da saúde foram escalados para orientar permissionários sobre práticas positivas que aumentem suas vendas.
“Para atender as expectativas do novo consumidor que se tornou muito mais exigente após a retomada da economia pós-covid, empreendedores precisam analisar bem as estratégias de exposição dos produtos”, aconselha a gerente do Senac.
“Muitas vezes o trabalhador informal não terá esse suporte. Com isso, recomendamos o aperfeiçoamento e busca de ajuda externa, com cursos, técnicas de vendas, boas práticas”, reforça a nutricionista Amanda Cristine, uma das instrutoras do curso oferecido pela Prefeitura aos feirantes do município.
Fonte: Prefeitura de Timon