Alimentos e transporte
O Ipea explica na análise divulgada hoje que os preços dos grupos alimentos e bebidas e transportes foram os principais responsáveis pela pressão inflacionária no mês de março, sendo o primeiro mais relevante na cesta de compras das famílias de menor renda. Para as outras faixas de renda, pesaram mais os aumentos do grupo transporte, especialmente dos combustíveis. Além de o grupo alimentos e bebidas ter sido responsável por uma pressão inflacionária relevante, dentro desse grupo foram muito afetados itens de grande relevância para as famílias de menor renda, como arroz (que subiu 2,7%), feijão (6,4%), cenoura (31,5%), batata (4,9%), leite (9,3%), ovos (7,1%) e pão francês (3,0%). As famílias mais pobres sofreram ainda o impacto do reajuste das tarifas de ônibus urbano (1,3%) e interestadual (3%) e os aumentos de 6,6% do preço do gás de botijão e de 1,1% da energia elétrica. Para as famílias de maior renda, a inflação foi mais impactada pelas altas de 6,7% da gasolina, de 13,7% do óleo diesel e de 8% dos transportes por aplicativo. Por outro lado, houve queda de 7,3% nas passagens aéreas e de 0,69% nos planos de saúde. Ao analisar os últimos 12 meses, o Ipea afirma que a maior pressão inflacionária para as famílias de renda mais baixa vem do grupo ‘habitação’, no qual pesaram os reajustes de 28,5% das tarifas de energia elétrica e de 29,6% do gás de botijão. Essas famílias também foram as que mais sentiram as altas dos alimentos em domicílio, principalmente os reajustes de 55,9% dos tubérculos, de 8,1% das carnes, de 18,9% de aves e ovos, de 13,5% dos leites e derivados e de 10,8% dos panificados. As famílias de maior renda, por sua vez, sentiram mais a pressão dos combustíveis, como gasolina (27,5%), etanol (24,6%), diesel (46,5%) e gás natural (45,6%), além do reajuste de 42,7% do transporte por aplicativo. Fonte: Agência Brasil
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